Bom humor de todo dia



Hoje, aproveito a letargia que o calor que assola a cidade de Belo Horizonte gerou em meu corpo, mas não em minha mente, para escrever. Aqui estou eu, deitada, apresentando os primeiros sintomas de um resfriado completamente inoportuno, corpo dolorido de um dia sentada a analisar esfregaços de sangue, vítima de um ônibus lotado dirigido por um motorista sem amor a vida em pleno transito de 18 horas, e, como não bastasse, cheia de trabalho para concluir até o fim de semana... Ou seja, um dia com tudo para ser péssimo. Exceto que não foi.

Acordei com o espírito leve e nada conseguiu mudar isso (Ok, confesso que o ônibus cheio, preso no transito lento, quase conseguiu!). Levei com bom humor as sequencias de espirros que me acometiam e as brincadeiras que inevitavelmente elas geraram, conversei e ri com meus colegas enquanto trabalhava, enfrentei o congestionamento ouvindo Capital Inicial (Sob um leve desespero que me leva, que me leva daqui...) e cheguei em casa completamente esgotada, mas feliz.

Já tem uns dias que venho notando essa mudança no meu humor, mais do que bem vinda, diga-se. O motivo, acho que descobri ontem, durante um tranquilo momento de divagação enquanto passeava com o bebê de uma amiga pela praça da Estação: mudança de rotina. Esse é o único motivo que consigo enxergar. Cada dia tenho feito algo fora do comum, coisas pequenas ou grandes, mas que tem tornado mais vívidos meus dias.

Eu venho retomando minhas aulas de dança, saindo mais com os amigos (sejam tranquilos almoços ou agitadas baladas), conhecendo gente nova com seus novos papos e opiniões, fazendo programas inusitados (como ser baby sitter em plena terça-feira), conhecendo lugares diferentes e experimentando sabores inéditos. Ah! E criei o blog, não posso esquecer. Acho que voltar a escrever também serviu como um catalisador para essa melhora no meu humor.

Eu sempre gostei de ter uma rotina, entendam. Nunca tive problemas em viver meus dias de uma forma comum e até repetitiva. Mas as mudanças acontecem mesmo quando não estamos atrás delas e, as vezes, acabam  interferindo em tudo mais na vida. No meu caso, tudo começou quando meu relacionamento de 4 anos chegou ao fim. De repente me vi com um vazio no lugar onde estava nosso tempo junto, e  o que menos queria era ficar sozinha com meus pensamentos. Então, aos poucos, comecei a mudar meu dia a dia, preenchendo meu tempo. Quando vi, minha rotina tão querida havia sido seriamente abalada, e o resultado me surpreendeu!

A revelação que me veio ontem, enquanto caminhava com um bebe adormecido no colo, foi que as mudanças e novidades é o que me obriga a prestar atenção na vida e que, por melhor que seja ter uma rotina, posso perder muita coisa positiva quando me acomodo.  Espero continuar a me lembrar disso futuramente e, de hoje em diante, promover ou acolher as mudanças que se apresentarem a mim, boas ou ruins, de braços abertos.

Abraços e até mais!


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